Olho as minhas mãos: elas só não são estranhas Porque são minhas. Mas é tão esquisito distendê-las Assim, lentamente, como essas anêmonas do fundo do mar... Fechá-las, de repente, Os dedos como pétalas carnívoras ! Só apanho, porém, com elas, esse alimento impalpável do tempo, Que me sustenta, e mata, e que vai secretando o pensamento Como tecem as teias as aranhas. A que mundo Pertenço ? No mundo há pedras, baobás, panteras, Águas cantarolantes, o vento ventando E no alto as nuvens improvisando sem cessar. Mas nada, disso tudo, diz: "existo". Porque apenas existem... Enquanto isto, O tempo engendra a morte, e a morte gera os deuses E, cheios de esperança e medo, Oficiamos rituais, inventamos Palavras mágicas, Fazemos Poemas, pobres poemas Que o vento Mistura, confunde e dispersa no ar... Nem na estrela do céu nem na estrela do mar Foi este o fim da Criação ! Mas, então, Quem urde eternamente a trama de tão velhos sonhos ? Quem faz - em mim - esta interrogação ? Beijinho carinhoso Verena
7 comentários:
é lindo teu blog/s.
Gosto daqui.
Tenha um dia feliz.
Maurizio
Lindas imagens de mãos!A do bebe está demais!Bjs,
Olá Amiga,
Olho as Minhas Mãos
Mario Quintana
Olho as minhas mãos: elas só não são estranhas
Porque são minhas. Mas é tão esquisito distendê-las
Assim, lentamente, como essas anêmonas do fundo do mar...
Fechá-las, de repente,
Os dedos como pétalas carnívoras !
Só apanho, porém, com elas, esse alimento impalpável do tempo,
Que me sustenta, e mata, e que vai secretando o pensamento
Como tecem as teias as aranhas.
A que mundo
Pertenço ?
No mundo há pedras, baobás, panteras,
Águas cantarolantes, o vento ventando
E no alto as nuvens improvisando sem cessar.
Mas nada, disso tudo, diz: "existo".
Porque apenas existem...
Enquanto isto,
O tempo engendra a morte, e a morte gera os deuses
E, cheios de esperança e medo,
Oficiamos rituais, inventamos
Palavras mágicas,
Fazemos
Poemas, pobres poemas
Que o vento
Mistura, confunde e dispersa no ar...
Nem na estrela do céu nem na estrela do mar
Foi este o fim da Criação !
Mas, então,
Quem urde eternamente a trama de tão velhos sonhos ?
Quem faz - em mim - esta interrogação ?
Beijinho carinhoso
Verena
Passei aqui para deixar-te um beijo. E estas imagens que você postou mexem muito comigo, pois nossas maos falam muito da gente.
Uma bela exposição de mãos, desprovida de todo e qualquer preconceito. Parabéns!
Beijos e fique com DEUS.
Furtado.
Uma bela exposição de mãos, desprovida de todo e qualquer preconceito. Parabéns!
Beijos e ótima quinta pra ti e para os teus.
Furtado.
Querida amiga Sônia.
Esse blog é um show! Parabéns...
Um grande abraço. Tenha um fim de semana cheio de alegrias.
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